terça-feira, 20 de maio de 2008

ARQUIVO PPT - LUIZ ANTONIO - SOFRIMENTO PSÍQUICO, ESTRESSE OCUPACIONAL E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

SOFRIMENTO PSÍQUICO, ESTRESSE OCUPACIONAL E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Luiz Antonio Nogueira Martins
“...o médico tem terríveis visões, toca coisas desagradáveis; a desgraça e sofrimento dos outros traz consigo um saldo de tristezas que passam a ser peculiares nele...”
Hipócrates
“O câncer deixa o paciente, a família do paciente, o médico e a família do médico numa situação de estresse ... quer queira ou não, você comenta o que está acontecendo no seu dia-a-dia... você fica sempre com aquilo na cabeça, mesmo em férias”.
Oncologista Clínico
“Existe uma síndrome que atinge os oncologistas: o burnout. É a imagem da vela que ilumina e se consome, e isso é real”.
Oncologista Clínico
“Acompanhar o processo de morte é estressante. Não conseguir revertê-lo causa angústia e gera uma sensação de impotência terrível”

Infectologista, CRT DST/Aids-SP
“Ter uma agenda cheia de doentes graves, que sofrem inúmeros preconceitos e vivem em situação de extrema pobreza, com carências e necessidades que estão acima de nossa governabilidade, é difícil”

Infectologista, CRT DST/Aids-SP
“...uma das primeiras doentes a quem prestei assistência como residente foi particularmente difícil de lidar. Tratava-se de uma adolescente, drogadicta, pobre, com endocardite bacteriana, insuficiência renal e portadora de HIV”
R1, Clínica Médica
“...foi muito difícil o relacionamento com um paciente jovem (14 anos), que já havia passado por várias cirurgias, sem atenuar o seu problema. Era um paciente muito inteligente e alegre; a sensação de impotência foi muito grande, fazendo com que minha frustração, como médico, aumentasse assustadoramente”
R1, Clínica Médica
“...Acho que a maior dificuldade que senti durante o meu R1 foi informar ao paciente que ele era portador de doença com prognóstico fechado, sem chance de cura. Situações deste tipo foram bastante freqüentes e a avaliação sobre o melhor momento e a melhor maneira de comunicar ao paciente sempre foram bastante difíceis e nem sempre tiveram um desfecho que me satisfizesse”
R1, Cirurgia Geral
“O serviço de enfermagem sofre o impacto total, imediato e concentrado do estresse que advém do cuidado com os doentes. Seu trabalho envolve a execução de tarefas que, pelos padrões comuns, são repulsivas, desgastantes e atemorizadoras”.
Menzies, 1970
“... atualmente a satisfação é mínima... estou sem estímulo para trabalhar e até viver...”
“... só estou aqui porque preciso realmente pela parte financeira... ninguém está aqui por amor à profissão...”
Enfermeira UTI
“O paciente tinha 19 anos, era muito bonito e a noiva dele que também era muito bonita, ficava o tempo todo com ele. Ele tinha metástase pulmonar, muita dispnéia, sofria muito...
Eu pensava: ‘Ai, meu Deus, este paciente ainda está aí, tomara que ele não morra hoje comigo’”
Enfermeira de unidade de CP
“...ele ficou assim, morrendo, uns três plantões e, no quarto plantão, o paciente morreu comigo. Foi horrível, porque eu não queria estar ali naquela hora... a família toda chorando, gritando, eu não agüentei, comecei a chorar também, tinha que sair dali. Entrei no posto de enfermagem e chorei muito, tive vontade de desistir.”
Enfermeira de unidade de CP
uCaracterísticas psicológicas do trabalho assistencial em saúde
Fatores gratificantes
Øaliviar a dor e o sofrimento
Øcurar doenças
Øsalvar vidas
Ødiagnosticar corretamente
Øsentir-se competente
Øensinar, aconselhar, educar
Øprevenir doenças
Øreceber reconhecimento, elogios, gratidão
uCaracterísticas psicológicas do trabalho assistencial em saúde
Fatores estressantes
Ømedo de cometer erros ou provocar danos
Øcontato íntimo e freqüente com dor e sofrimento
Øpacientes “difíceis”
Øexpectativas dos pacientes e familiares
Ødilemas éticos
Øcomunicações dolorosas
Øprecariedade do sistema de saúde
uProcesso saúde-doençaA equação do adoecer
fatores constitucionais + experiências precoces
uModelos conceituais
ESTRESSE-ADAPTAÇÃO
a.estresse profissional
b.estresse situacional
c.estresse pessoal
uEstresse
Estresse é a resposta do organismo (corpo e mente) às pressões internas (desejos, ambições, expectativas, conflitos) e externas (pressões vinculadas ao exercício profissional, às condições de trabalho).
uResiliência
(Física) Propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica;
(Figurativo) Capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças. Elasticidade. Capacidade rápida de recuperação.
(Houaiss, 2001)
uModelos conceituais
DEMANDA PSICOLÓGICA – CONTROLE SOBRE O TRABALHO
alta exigência de trabalho
( demanda controle)
trabalho ativo
( demanda controle)
trabalho passivo
( demanda controle)
baixa exigência de trabalho
( demanda controle)
uModelos Conceituais
BURNOUT(SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL)
Forma particular de estresse, relacionado ao contexto assistencial, em que os profissionais estão expostos de forma continuada ao impacto de uma relação interpessoal de cuidado, em condições freqüentemente problemáticas ou conflitivas.
Fenômeno de desgaste profissional, facilmente observável em profissionais que trabalham diretamente com pessoas, estando expostos a pressões emocionais repetidas, durante um período de tempo prolongado.
Freundenberger, 1975
uBurnout
Estado de fadiga ou frustração derivado da devoção a uma causa, modo de vida ou relação que não produz a recompensa desejada.
Freundenberger, 1980
uBurnout
Øexaustão emocional
(sensação de haver chegado ao limite)
Ø despersonalização do atendimento
(contato frio e impessoal com os usuários)
Ø redução da eficiência e da realização profissional
(insatisfação com o trabalho, desmotivação)
(Maslach e Jackson, 1977)
uBurnout: Quadro Clínico
Øsintomas físicos
fadiga, cefaléia, distúrbios gastro-intestinais, alterações do sono, dores musculares
Øsintomas psíquicos
falta de concentração, humor depressivo, ansiedade, rigidez, ceticismo, desinteresse, baixa auto-estima
Øsintomas comportamentais
irritabilidade, absenteísmo, erros profissionais, evitar os pacientes, fazer consultas rápidas, colocar rótulos depreciativos

uMBI – Maslach Burnout Inventory
Componente “Exaustão emocional”
ØQuando termino minha jornada de trabalho, sinto-me esgotado.
ØSinto-me emocionalmente decepcionado com meu trabalho.
ØSinto que trabalhar em contato direto com as pessoas me estressa.
uMBI- Maslach Burnout Inventory
Componente “Realização profissional”
ØSinto que estou exercendo influência positiva na vida das pessoas, por meio de meu trabalho.
ØNo meu trabalho, eu manejo os problemas emocionais com muita calma.
ØSinto que trato com muita eficiência os problemas das pessoas que atendo.
uMBI- Maslach Burnout Inventory
Componente “Despersonalização do atendimento”
ØSinto que me tornei mais duro com as pessoas, desde que comecei esse trabalho.
ØSinto que realmente não me importa o que ocorra com as pessoas às quais tenho que atender profissionalmente.
ØSinto que estou tratando algumas pessoas com as quais me relaciono no trabalho como se fossem objetos impessoais.
uMedidas preventivas
Øna graduação
Øno exercício profissional
Øde natureza pessoal
uMedidas preventivas na graduação
Øcurso de Psicologia Médica e Psicologia da Saúde
Øserviço de atendimento médico-psicológico
Øserviço de apoio psicopedagógico
Øreforma curricular, com integração de conteúdos humanísticos
Øsensibilização e treinamento do corpo docente
u Medidas preventivas no exercício profissional
Intervenções institucionais
Ømelhoria das condições de trabalho
Øprogramas de humanização
Øprogramas de qualidade
Øcriação de equipes multiprofissionais
Øgrupos de reflexão sobre a tarefa assistencial
Øserviços de consultoria psiquiátrica e psicológica
Øcriação de serviços assistenciais
uMedidas preventivas de natureza pessoal
Øprocura de ajuda para resolver casos difíceis
Ødiscussões sobre as vulnerabilidades e limitações
Øreflexão sobre a idealização do papel profissional
Øconscientização / modificação de atitudes
Ødesenvolvimento de atividades de lazer
Øprocura de ajuda profissional

ARQUIVO PPT - VANESSA - PSICOPATOLOGIA

lPSICOPATOLOGIA
lProf. Dra. Vanessa de Albuquerque Citero
lSUMÁRIO
qPsicopatologia
§Atividade intelectual elementar (sensopercepção)
§Atividade intelectual superior (pensamento, linguagem)
§Atividade cognitiva (consciência, atenção, orientação, memória)
§Afetividade (afeto, humor)
§Vontade (volição, psicomotricidade)
üDefinição
üFunções
üAlterações
qAplicação clínica da psicopatologia
üExame psíquico
üCritérios diagnósticos
lKARL JASPERS
"O objeto da psicopatologia é a atividade psíquica real e consciente. Queremos saber o que os homens vivem, sentem e como fazem; queremos conhecer a extensão das realidades da alma. Queremos examinar não só a vida dos homens, mas as circunstâncias e as causas que a condicionam, aquilo a que se vincula, todos os aspectos que apresenta. Mas não se trata de toda a atividade psíquica: só a patológica constitui nosso objeto de estudo."
Jaspers K. Allgemeine Psychopathogie, 1913
lKARL JASPERS
qAs vivências são compreensíveis a partir
q da biografia, como reação a evento estessante
Reação a elemento externo desencadeador, responsável pela provocação do transtorno mental, de forma compreensível e relacionado com características de personalidade do paciente
qda personalidade, como desenvolvimento da personalidade
Desenvolvimento refere-se ao que surge em direta conexão evolutiva com a história da personalidade do indivíduo
qdas rupturas, como processos em descontinuidade
Processo refere-se à alteração patológica que surge sem clara relação ou nexo causal com a personalidade pré-mórbida, de forma não compreensível, ainda que explicável
lA CONSCIÊNCIA E SUAS ALTERAÇÕES
qDefinição:
qconhecimento compartilhado com o outro e por extensão, “compartilhado consigo mesmo”
qO todo momentâneo da vida psíquica
qCondição de estar desperto, acordado, vigil e lúcido (nível de consciência) e de focar (campo da consciência)
qCapacidade do indivíduo em entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os objetos.
lALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA CONSCIÊNCIA
Quantitativas: rebaixamento do nível
qObnubilação da consciência
§Rebaixamento de grau leve ou moderado
§Paciente pode estar sonolento ou aparentar desperto
§Diminuição do grau de clareza sensorial
§Diminuição da concentração
§Dificuldade para compreensão
§Dificuldade para integrar as informações sensoriais provenientes do ambiente
§Perplexidade
§Pensamento incoerente
qEstupor
§Acentuado rebaixamento de consciência
§Paciente permanece desperto somente por estímulos
§Sonolência
§Psicomotricidade inibida
qComa
lA ATENÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES
qDefinição:
§é a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental
qAlteração quantitativa
§Atenção voluntária Þ Tenacidade
§Atenção espontânea Þ Vigilância
lA ORIENTAÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES
qDefinição:
§Expressão objetiva da lucidez psíquica
§Amplitude e claridade dos processos da consciência
qAlterações
§Orientação alopsíquica
qTempo
qEspaço
§Orientação autopsíquica (identificação)
qAtividade do eu
qUnidade do eu
qIdentidade do eu
qOposição do eu
lA MEMÓRIA E SUAS ALTERAÇÕES
qDefinição:
§Capacidade de registrar, manter e evocar os fatos já ocorridos
qA capacidade de memorizar relaciona-se intimamente com o nível de consciência, atenção e interesse afetivo
q A memória é composta por três fases:
§Fase de percepção, registro e fixação
§Fase de retenção e conservação
§Fase de reprodução e evocação
qDefinição:
§Constitui-se a partir de elementos sensoriais, embora não sejam propriamente intelectivos
§podem fornecer substrato para o processo de pensar: imagens perceptivas e suas representações
qElementos constitutivos do pensamento:
conceito
juízo
raciocínio
qProcesso de pensar:
curso
forma
conteúdo
Alterações dos elementos constitutivos
qAlterações de conceitos
§Alterações dos conceitos
§Desintegração dos conceitos
§Condensação dos conceito
qAlterações do juízo
§Juízo deficiente ou prejudicado
§Juízo de realidade alterado (delírios)
qAlteração do raciocínio
§Pensamento concreto
§Pensamento prolixo
§Pensamento derreísta: pensamento mágico (não obedece à lógica e à realidade)
Alterações do processo de pensar
qAlterações do curso do pensamento
§Aceleração do pensamento
§Lentidão do pensamento
§Bloqueio do pensamento
§Roubo do pensamento
qAlterações da forma do pensamento
§Fuga de idéias
§Afrouxamento da associações
§Desagregação do pensamento
qAlterações do conteúdo do pensamento ...
qAlterações do conteúdo do pensamento (Delírios)
§Perseguição
§Depreciativos
§Religiosos
§Sexuais
§Poder, Riqueza ou Grandeza
§Ruína ou Culpa
§Hipocondríacos
qDelírios primários ou idéias delirantes verdadeiras
qDelírios secundários ou idéias deliróides
qIdéias prevalentes
qSensação:
§Fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos, originados dentro ou fora do organismo, produzindo estímulos nos órgãos receptores
§Visuais
§Olfativos
§Gustativos
§Auditivos
§Táteis
§Cenestésicos (sensações somáticas)
§Cinestésicos (sensações motoras)
qPercepção:
§Tomada de consciência pelo indivíduo do estímulo sensorial
qO elemento básico do processo de sensopercepção é a imagem perceptiva real, caracterizada por:
§Nitidez
§Corporeidade
§Estabilidade
§Extrojeção
§Ininfluenciabilidade voluntária
§Completude
Alterações qualitativas da sensopercepção
qIlusão é a percepção deformada de um objeto real e presente
§As ilusões mais freqüentes são as visuais e auditivas
§As ilusões ocorrem principalmente por :
1.Rebaixamento do nível de consciência
2.Fadiga grave ou diminuição marcante da atenção
3.Estados afetivos (ilusões catatímicas)
qAlucinação é a percepção clara e definida de um objeto, sem a presença do estímulo real
§As alucinações podem ser:
Auditivas Visuais Táteis Olfativas
Gustativas Cenestésicas Cinestésicas
qDefinição:
Dimensão psíquica que dá "cor", "brilho" e "calor" a todas as vivências humanas.
qDomínio amplo:
qHumor ou estado de ânimo
qDefinição:
qEstado emocional basal no qual se encontra a pessoa em determinado momento
qDisposição afetiva que penetra toda a experiência psíquica
qÉ determinado pela
qIntensidade
qDuração
qExcitabilidade
Alterações do humor
qQuanto a regulação da intensidade:
hipertimia (exaltação patológica)
eutimia (normal)
hipotimia (retraimento patológico)
qQuanto a regulação da duração:
qDisforia (oscilação)
qQuanto a regulação da excitabilidade:
qIrritabilidade emocional (predisposição à raiva e ao furor)
q Afetividade
q Definição:
q tônus emocional que acompanha uma idéia ou vivência
q O componente emocional de uma idéia
q Intrínseca relação com sensopercepção
memória
pensamento
vontade
Alterações da afetividade
qApatia: estado de indiferença ou esvaziamento afetivo
qEmbotamento afetivo: ausência de nexos afetivos
qAmbivalência afetiva: coexistência de estados emocionais incompatíveis, de forma cindida, desagregada.
qPuerilismo: estado de regressão ao comportamento infantil
qTranstornos motores de origem orgânica (neurológico)
§Acinesias - movimento
§Ataxias - coordenação
§Apraxias – execução
qTranstornos motores de origem psíquica
§agitação psicomotora
§agitação maníaca
§agitação ansiosa
qTranstornos motores de origem neurológica e psíquica
§Tiques: movimentos de certos grupos musculares de forma repetitiva, impulsiva, estereotipada
qVontade (ato volitivo)
§capacidade de exercitar-se livremente, deliberar, escolher e realizar atos voluntários
§interação entre aspectos intelectivos e afetivos
qFases da atividade voluntária normal:
§desejo: etapa afetiva
§intenção (propósito): etapa afetivo-cognitiva
§Deliberação: etapa cognitiva
§Execução: etapa psicomotora
qAlterações quantitativas da vontade
(alteração não controlável da energia volitiva)
§prejuízo do desejo e da intenção
§hiperbulia (aumento da capacidade de atividades espontâneas, da iniciativa e da disposição)
§hipobulia (diminuição da capacidade de atividades espontâneas, da iniciativa e da disposição)
§abulia (ausência de vontade)
§prejuízo da execução
§Apragmatismo: incapacidade de dar seqüência aos pensamentos e agir de acordo com o que se pretende
P.L., sexo masculino, 22 anos, solteiro, cursando Engenharia.
Sofreu um acidente de motocicleta, com traumatismo cranio-encefálico. Apresentou hematoma subdural que foi drenado nas primeiras 24 horas após o acidente.
Imediatamente após o procedimento cirúrgico evoluiu com quadro de intensa agitação noturna e irritabilidade. Falava continuamente, via animais, não reconhecia as pessoas e mostrava-se assustado com a equipe que o atendeu, pedia para saírem de sua casa. Achava que iam matá-lo. Assustava-se com qualquer barulho no quarto, sempre sobressaltando-se.
Pela manhã mostrava-se mais calmo, conversava com o médico adequadamente e referia não se lembrar do que lhe acontecera à noite. Também não se recordava do acidente.
Consciência: rebaixamento do nível (paciente não recorda do ocorrido, tem flutuação da percepção da realidade)
Orientação: no espaço prejudicada (achava que estava em casa), no tempo não referido
Atenção: espontânea aumentada (assustado,com sobressaltos), voluntária não descrita
Memória: avaliação prejudicada pelo rebaixamento de consciência)
Pensamento: curso acelerado (falava continuamente), forma não referida, conteúdo paranoide (assustado com equipe, achava que queriam matá-lo)
Sensopercepção: alucinações visuais (via animais)
Considere o seguinte relato de um paciente:
“... sinto-me muito bem, tão bem que seria capaz de qualquer coisa, você quer ver...como eu faço qualquer coisa? Eu posso tudo, afinal, eu sou o rei, eu posso mandar qualquer um fazer o que eu quero ... veja só aquele carro vermelho na rua ... é meu, todos os carros são meus ... você quer um? eu dou um carro se você quiser...porque eu adoro carro, quando fui no autódromo ver a corrida no domingo eu cheguei perto da Ferrari... e o guarda não deixou eu entrar no box, eu estou ferrado ... não levo a ferro e fogo ... o fogão de minha mãe está quebrado ... eu vou dar outro pra ela ... olha só meu relógio ... tá velho demais ... quero um novo ... um não muitos ... todos ... você gosta de relógios? um rolex? vamos dar um rolê por ai e ver o que há ...”
A situação descrita reflete alteração de pensamento, sugerindo aceleração do curso, frouxidão de laços associativos, com nexo a partir do som das palavras e não a partir das idéias, podendo ser considerada que a forma apresente fuga de idéias. O conteúdo é delirante, de grandeza.

•Paciente M.A., 18 anos, casada com 1 filho de 6 meses, vendedora.
•Procurou PS de ORL no final da tarde, acompanhada do marido. Queixava-se de “rouquidão, dor de garganta, dor para engolir e um pouco de falta de ar”.
•Quadro iniciara subitamente há 1 dia. No exame evidenciou-se edema de laringe ++/4, com discreto comprometimento da epiglote. HD: edema de laringe angioneurótica por infecção viral.
•Indicada a internação da paciente, por risco de rápida evolução para edema de glote e asfixia.
•Com relutância, a paciente aceitou a internação (assustada). Iniciada a administração endovenosa de corticóide.
•A paciente chegou a dormir por cerca de 3 horas, acordou com o movimento normal da unidade. Ficou um tempo olhando para o ambiente, aparentando estranheza, começou a chamar pela paciente no leito ao lado e a gritar com ela: “Larga a minha bolacha. Mãe, ela ta roubando as minhas bolachas, mãe. Mãe!!!”. A enfermagem se aproximou, tentando acalmá-la. A paciente, então, continuou gritando, dizia que eles não iriam matá-la, que sairia dali. Dizia que eles iriam roubá-la, que não eram enfermeiros como estavam dizendo, mas um bando de patifes disfarçados. Olhava o tempo todo para o chão, assustada, e fazia um movimento de afastamento com a mão. Perguntada o que estava acontecendo, a paciente dizia: “tirem o cão, olha o cão”. Neste momento, um dos enfermeiros a segurou e disse que era para ela se acalmar, pois já estava ofegante, com lábios arroxeados e havia perdido a veia. A paciente começou a se debater, gritando: “eles vão me matar”. A paciente, então saiu correndo e pulou da janela, fraturando os tornozelos.
•Paciente chegou bem no hospital. Quadro psicopatológico de inicio abrupto (= organicidade)
•Rebaixamento do nível de consciência (percepção alterada da realidade, diminuição da clareza sensorial)
•Orientação espacial alterada (não sabia que era hospital)
•Atenção voluntária prejudicada (não focava sua concentração no que era dito)
•Memória: não é possível avaliar, antes do episódio era normal
•Pensamento: curso acelerado, frouxidão de laços associativos, conteúdo paranóide
•Sensopercepção: alucinação visual
• Humor: exaltado, em função do conteúdo paranóide
•Afetividade: sintônica com a vivência da paciente e congruente com o humor
•Psicomotricidade: aumentada
•Vontade: preservada, mas com certa puerilidade
•Paciente do sexo masculino, 19 anos, natural do Pará, solteiro, foi internado em São Paulo para investigar anemia, cansaço e dores no corpo há 6 meses.
•Atualmente, no 50º dia de internação. Diagnosticada, no 7º dia de internação, leucemia mielóide aguda.
•Nos primeiros dias de internação o paciente se apresentara comunicativo, sempre andando pelo corredor da enfermaria e bem disposto apesar do desconforto físico.
•Após ter recebido o diagnóstico e orientação terapêutica (6 meses de quimioterapia e transplante de medula óssea após a remissão da doença) o paciente adotara a atitude de passar o dia na cama, com o rosto coberto e o quarto escurecido, não aceitava tomar banho pela manhã, irritava-se com a enfermagem, preferindo fazê-lo no final da tarde, sozinho. Demonstrava irritação com a mãe e irmã, que o acompanhavam, e queixava-se de insônia. Com os médicos mostrava-se colaborante, porém angustiado, pedia para ir embora e se irritava com a demora do procedimento. Indagado sobre o câncer, o paciente dizia “não estar mais ligando para o diagnóstico”, ter ficado muito chateado no primeiro dia, mas agora o que importava era que estava em tratamento. Apesar disso, sentia-se mal com os remédios, enjoado, sonolento e indisposto. Nesta situação ficava lábil emocionalmente, ansioso. Negava se sentir triste, dizia apenas não querer pensar no caso, se pudesse dormir pelos próximos 6 meses direto, acharia ótimo, pois estava ansioso para tudo acabar. Preferia não receber visitas.
•Paciente sem antecedentes psiquiátricos prévios, após diagnostico apresentou
•Consciência preservada, sem alteração de orientação, atenção ou memória
•Pensamento de curso normal, forma agregada e conteúdo normal
•Sensopercepção normal
•Humor depressivo (embora negue tristeza), com tendência a fácil irritabilidade e ansiedade
•Afetividade sintônica com o pensamento, congruente com humor
•Psicomotricidade aparentemente normal
•Vontade: negativismo ativo (não quer receber ninguém, quer ficar só, leve prejuizo do pragmatismo (banho)
•Paciente de 16 anos, sexo feminino, trazida para PS da cirurgia por ter sido atropelada. Apresenta leves escoriações, não teve perda de consciência, está lúcida, com fundo de olho normal. Não permite realização dos exames devido a intensa agitação. Aparenta gravidez de 4 meses. Paciente fala continua e rapidamente:
Médico – como você se chama ?
Paciente – chama azul, a cor da sua blusa azul viaja pelo tempo, no caminhão o homem me pegou, pai não apanhar mais pai.
M (interrompendo) – você está grávida ?
P – grávida do Espírito Santo, colocaram o caixão na máquina do tempo.
(para o médico) Moço bonito, fica olhando para a minha coxa (levanta a saia e dança) pai mandou matar, mandou matar, fugi para matar (paciente ri) barriga grande, o homem enfiou um bebe aqui dentro (fica quieta, olha para o lado) nao, nao fala assim… nao sou vagabunda
M – com quem voce está falando?
P – com eles.
M- eles quem ?
P- (ri) os do caixao, vao enterrar o bebe do homem
M- voce sabe onde está ? Que dia é hoje ?
P- (olha para o lugar) é um hospital, vao matar o bebe, como eles vao me matar, vou virar a virgem (chora)
•Consciência preservada
•Atenção espontânea (distrai-se com produções internas) e voluntária rebaixada (médico tem que chamar atenção para que ela focalize)
•Orientação espacial preservada
•Memória: difícil avaliar
•Pensamento: acelerado, desagregado, com conteúdo paranóide, talvez religioso
•Sensopercepção : sugere presença de alucinações auditivas, que comentam o que ela faz
•Humor: disfórico
•Afetividade: dissociada das idéias e vivencias relatadas
•Psicomotricidade: aumentada
•Vontade: puerilidade ?
qUso clínico, educacional e científico
qPadronização de conceitos, definições e diretrizes
qClassificação Internacional de Doenças
§Versão 10 (1992): CID-10
§OMS
§Referência dos outros critérios
§Uso clínico, educacional e assistencial
§Transtorno mental: capítulo 5
qDiagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders
§DSM-IV, 1994
§APA
§Baseado na CID-10
§Uso científico
qUso clínico, educacional e científico
Padronização de conceitos, definições e diretrizes
¯
construção do diagnóstico
¯
Definição de categorias diagnósticas (modelos de patologia)
qO que é doença mental?
§síndrome ou padrão de comportamento psicológico que tem significado clínico: causa sofrimento incapacidade ou prejuízo no funcionamento
§Etiologia neurobiológica, psicológica e comportamental
Nobre de Melo AL. Psiquiatria. Vol I, Editora Guanabara-Koogan, 3 edição.1986.
Dalgalarrondo, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Artmed. Ed. Porto Alegre, 2000

ARQUIVO PPT - LUIZ ANTONIO - DILEMAS ÉTICOS

nDILEMAS ÉTICOS
nLuiz Antonio Nogueira Martins
ne.mail: nogmartins@psiquiatria.epm.br
nDilemas Éticos
nQuestão Ética:
–Situação onde a resposta à pergunta “o que deveria ser feito” envolve uma escolha de valores
nDilemas Éticos:
–Situações clínicas onde as questões éticas tornam difícil o processo de tomar decisões
nExemplos de Dilemas Éticos
nrecusa de indicação de cirurgia mutiladora
npedido da família para não informar ao paciente o diagnóstico de câncer

npaciente que se recusa a continuar quimioterapia ou diálise
ndecisão sobre continuidade ou interrupção de tratamento
nExemplos de Dilemas Éticos
nfamília que quer retirar o paciente do hospital, apesar da gravidade do caso
nprioridade na ocupação de um leito na UTI
npedido de aborto formulado por antiga cliente
npaciente que, por razões religiosas, não aceita transfusão de sangue
nAIDS e Dilemas Éticos
“é muito estressante, para mim, o risco de contaminação em atos médicos de intervenção, como por exemplo, a passagem de intra-cath com sangramento intenso de paciente portador de AIDS. Se, por um lado, sabemos que o risco existe e não é pequeno, por outro lado não podemos deixar de dar a assistência necessária ao paciente.”
(R2, Clínica Médica)
nAIDS e Dilemas Éticos
“na minha especialidade, há situações muito difíceis:
– os conflitos decorrentes do preconceito contra os aidéticos e seu estilo de vida;
– a obrigação moral de prestar assistência ótima a esses doentes, apesar do medo de contágio;
– ser o representante desses doentes junto aos demais membros da comunidade médica.” (R2, DIPA)
nTecnologias Reprodutivas e Dilemas Éticos
ndireito de conhecer a bagagem genética
X anonimato do doador
npossibilidades técnicas
X limite psicológico do casal (número de tentativas)
npossibilidades técnicas
X limite de idade
ninalienabilidade da pessoa
X comercialização de gametas, aluguel de útero
nInterconsulta
nvalioso recurso para lidar com situações que envolvem dilemas éticos
nao explicitar o dilema, produz mudanças no campo interacional
nauxilia o profissional a manter e/ou restaurar a relação assistencial
nmomento privilegiado para ensino de Psicologia Médica e Ética Médica

ARQUIVO PPT - ARTUR FILHOU - AGRESSIVIDADE - INTERCONSULTA

nAGRESSIVIDADE -INTERCONSULTA
n Artur Filhou José
n Psiquiatra da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo)
nAGRESSIVIDADE
nAto ou comportamento
nQuadros heterogêneos
nEtiologia: não há preditores específicos
nSituação de urgência
nDifícil diagnóstico inicial, muitas vezes difícil fazer anamnese
nNecessita conduta rápida e precisa
nConseqüências podem ser graves
nAGRESSIVIDADECONSEQÜENCIAS
nRuptura da rotina da enfermaria
nAumento dias de hospitalização
nAumento dos custos
nAumento no trabalho e desgaste da equipe
nPrejuízo na performance da equipe
nDesmoralização física e psicológica dos membros da equipe
nProblemas com litígio
nEfeitos negativos (círculo vicioso)
nEstigmatização do paciente psiquiátrico
nInjúria física e moral do paciente, de outros pacientes e profissionais
nMaior risco de suicídio desses paciente
nCOMPORTAMENTOS DE ALERTA
nAumento de exigências
nAtitude de confronto
nAumento do tom de voz, gritos, linguagem ameaçadora
nComentários pejorativos
nIrritabilidade
nPostura de desconfiança e medo
nSentimento contra-transferencial de medo do profissional de saúde
nInquietação, permanecer de pé ou andando
nDesacato às orientações
nImpedir procedimentos
nAVALIAÇÃO
nHistória objetiva
nHistória subjetiva com acompanhantes ou membros da equipe
nExame físico
nExame neurológico
nExame psíquico
nExames laboratoriais, de imagem, EEG
nDefinição da condição clínica, psiquiátrica e neurológica
nCUIDADOS
nAvaliação rápida da circunstâncias
nAvaliar paciente na presença de segurança ou outros profissionais
nManter porta aberta: facilitar escape do profissional ou paciente
nEvitar contato físico
nContenção do paciente quando necessário: menor tempo possível, cuidado com perfusão sanguínea, remover gradativamente
nPrescrever medicação adequada
nNão descuidar do tratamento clínico geral
nAumento do risco de suicídio
nProcurar fatores associados e intervir
nMANEJO
nIntervenção precoce e rápida
nProcurar manter relação positiva
nFalar de modo gentil e seguro, mantendo contato visual
nEvitar confrontações
nExplicar procedimentos
nAtitude esclarecedora, elucidativa e educativa com equipe
nEstabelecer limites
nNão dar privilégios , não ceder a exigências despropositadas: mudanças na medicação, alta, transferências
nAcompanhar e ajudar nos conflitos e dificuldades dos membros da equipe

ARQUIVO PPT ARTUR FILHOU - TRANST. PSIQ. NO HG - ANSIEDADE E DEPRESSÃO

nSíndromes Psiquiátricas Comuns no Hospital Geral(Depressão e Ansiedade)
n Artur Filhou José
n Departamento de Psiquiatria- UNIFESP
n Inter-consulta
n Ambulatório longitudinal
n
nQUADROS DEPRESSIVOS EM PACIENTES INTERNADOS
•Alta prevalência – de 22% a 33%
•Principal diagnóstico de interconsulta
•O clínico e equipe de saúde são os primeiros a avaliar
•Queixas somáticas em primeiro plano
•Sub-diagnosticados e sub-tratados
nDiagnóstico de Depressão (DSM-IV)
•Humor deprimido
•Perda do interesse ou prazer em muitas ou todas atividades cotidianas
• Um dos dois com pelo menos 2 semanas e 4 ou mais dos seguintes
• Fatiga
• Diminuição ou perda de energia
• Alteração do apetite
• Alteração de sono
• Agitação ou lentificação psicomotora
• Diminuição da atenção e concentração
• Sentimento de inutilidade e culpa
• Pensamento de morte
nDEPRESSÃO PRIMÁRIA NO CONTEXTO MÉDICO
•Depressão coexistindo com doença física (diagnósticos independentes)
•Depressão com sintomas somáticos (diagnóstico de depressão)
•Depressão com doença física secundária (doença física é decorrente ou facilitada pela depressão de forma direta ou indireta)
nCONDIÇÃO MÉDICA DESENCADEADA OU AGRAVADA POR QUADRO DEPRESSIVO
•Diminuição dos cuidados pessoais
•Alteração do sono
•Alteração do apetite
•Baixa adesão ao tratamento
•Uso incorreto da medicação
•Dificuldade na alteração de hábitos
•Diminuição da atividade simpática
•Diminuição da imunidade
•Alt. da modulação da dor pela 5HT e NorAD
nESTADOS DEPRESSIVOS(ED) NO CONTEXTO MÉDICO
•ED como reação à doença física
•ED devida a uma condição geral médica
•ED induzido por substância: - consumo ou abstinência droga de abuso - efeitos colaterais de medicamentos
- exposição a toxinas
nDEPRESSÃO SECUNDÁRIA
• - Devida a uma condição médica
• - Induzida por substância
• - Sint. Depressivos proeminentes e persistentes
• - Sint. Causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outra áreas importantes
• - Evidências (história, EF, laboratoriais) que é conseqüência fisiológica direta
( não são necessários todos os critérios para depressão maior)
nESTADOS DEPRESSIVOS INDUZIDOS POR SUBSTÂNCIA
•Medicamentos: digoxina, reserpina, Ldopa, corticóides, anticoncepcionais orais, cinarizina, anti-hipertensivos, anti-colinérgicos, neurolépticos, benzodiazepínicos, etanol, barbitúricos, cimetidina, ranitidina, interferon, metoclopramida, metronidazol, esteróides anabolizantes, betabloqueadores.
•Anticancerígenos: vincristina, asparaginase, tamoxifeno, ciproterona
•Uso/Abuso ou Abstinência: álcool, anfetaminas, cocaína, heroína, sedativos e hipnóticos.
nDIAGNÓSTICO INCORRETO
•Paciente não recebe tratamento adequado
•Maior tempo de internação
•Aumento da morbidade e mortalidade
•Aumento do prejuízo funcional
•Aumento do tempo de incapacitação
•Pior adesão ao tratamento
•Dificuldade de manter dietas e mudança de hábitos
•Redução da qualidade de vida
nANSIEDADE NO HOSPITAL GERAL
nANSIEDADE
•Emoção normal, universal do ser humano, ocorre quando se antecipa situações novas/desconhecidas ou de perigo
•Pode ser benéfica, conduz a uma mobilização e preparo para melhor enfrentar estes momentos
•NORMAL
•SINTOMA DE CAUSAS DIVERSAS E MÚLTIPLAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
•A PRÓPRIA DOENÇA
nANSIEDADE NORMAL
•Associada às mudanças naturais do desenvolvimento
•Estado de medo ou sentimento subjetivo de apreensão e angústia, manifestada por várias alterações autonômicas
•É um sentimento humano frente a situações novas ou perigosas
•Funciona como um sinal de alerta, desencadeando reações defensivas (palpitação, diarréia etc), mas suportável e passageira
•Melhora o desempenho global promovendo soluções criativas e estimulando a cooperação
•É um sentimento produtivo, defensivo contra o estresse.
nANSIEDADE NO HOSPITAL GERAL
•Grande parte das ansiedades não são patológicas
•Pode ser resposta normal e temporária
•Pode ser importante na adaptação e enfrentamento em relação às mudanças
•Sentimento de fragilidade
•Doença é sentida como ameaça: integridade física, exposição de intimidades, ambiente (doença, sofrimento, dor, morte), separação de familiares e de suas referências
•Temor quanto ao significado dos sintomas, diagnóstico, exames, intervenções, dor, limitações, conseqüências
n ANSIEDADE PATOLÓGICA
•Traz prejuízos ao funcionamento global
•Estado emocional desconfortável
•Resposta inadequada a um estímulo ou percepção, em relação á intensidade e duração
•Paralisa ou faz agir de forma caótica
•Apreensão negativa em relação ao futuro
•Inquietação interna desagradável
•Desconforto somático subjetivo
•Alterações somáticas manifestas
nSINAIS E SINTOMAS FÍSICOS
•Autonômicos: taquicardia, vasoconstrição, sudorese, aumento do peristaltismo, boca seca, náusea, midríase e piloereção
•Musculares: dores, contraturas, tremores
•Cinestésicos: parestesias, calafrios, ondas de calor, adormecimentos
•Respiratórios: hiper-ventilação, sufocação, sensação de afogamento, asfixia
nTRANSTORNOS ANSIOSOS
•Ansiedade Generalizada
•Pânico
•Fobias específica e social
•Transtorno obsessivo-compulsivo
•Estresse Pós-Traumático
•Estresse Agudo
•Relacionado à Condição médica Geral
•Relacionado ao Abuso e/ou dependência de substâncias
n TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
•Diagnóstico mais comum entre as pessoas que procuram o serviço de atenção primária
•Prevalência ao longo da vida de 5%
•Os sintomas se desenvolvem de forma insidiosa, geralmente na infância (angústia de separação) ou adolescência
•Incidência maior entre puberdade e 35 anos
•Mais freqüente nas mulheres
nTRANSTORNO DE PÂNICO
•Os ataques de pânico: podem ocorrer em qualquer transtorno mental
•Transtorno do pânico: quando são freqüentes e causam mudança comportamental
•agorafobia com transtorno do pânico: quando está associado a determinadas situações (transportes coletivos, dirigir sobre pontes, multidões, filas, sair desacompanhado)
nREAÇÃO A ESTRESSE E TRANSTORNOS DE AJUSTAMENTO
•REAÇÃO AGUDA AO ESTRESSE:
•Exposição a evento traumático, com evitação, angústia, prejuízo social e/ou ocupacional. Nas 1as. Hs e duram 2 a 4 sem.
•TRANST. DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO:
•Ligados a um determinado trauma que fica sendo revivido
•TRANSTORNO DE AJUSTAMENTO:
•Surgem em um período de adaptação a mudança(s)
-A vulnerabilidade individual é importante
-È importante a indentificação do agente estressor
nTRANSTORNO MISTO DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO
•O paciente apresenta ao mesmo tempo sintomas ansiosos e depressivos
•Sem predominância nítida de um deles
•Sem que a intensidade de um seja suficiente para justificar um diagnóstico isolado

ARQUIVO PPT - PROF. ARTUR FILHOU JOSÉ - SINDROMES PSQ. COMUNS

nSíndromes Psiquiátricas Comuns no Hospital Geral
n Artur filhou José
n Dpto de Psiquiatria e Psicologia da UNIFESP
n interconsulta
n Ambulatório longitudinal
n
nCRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS EM PSIQUIATRIA
•CID-10: Classificação internacional de doenças, décima versão (1992)
•OMS
•Uso clínico, educacional e assistencial
•Transtorno mental: capítulo V
•DSM-4: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (1994)
•APA
•Baseado na CID-10
•Uso científico e educacional
•Sistema multiaxial de avaliação
n CATEGORIAS DIAGNÓSTICASCID-10
•Transtornos Mentais orgânicos, incluindo sintomáticos
•T. M. decorrentes do uso de substâncias
•Esquizofrenia, T. esquizotípicos e delirantes
•T. do humor (afetivos)
•T. neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformes
•Síndromes comportamentais associadas a perturbações fisiológicas e fatores físicos
•T. de personalidade e de comportamentos em adultos
•Retardo mental
•T. do desenvolvimento psicológico
•T. emocionais e de comportamento com início usualmente ocorrendo na infância e adolescência
nDIFICULDADES NOS DIAGNÓSTICO DE T. MENTAISNO CONTEXTO MÉDICO
•Pacientes queixam do corpo
•Médico pesquisam queixas físicas
•Falta de treinamento do profissional
•Falta de tempo e privacidade
•Sintomas considerados compreensíveis
•Sintomas percebidos, mas com diagnóstico errado
•Diagnóstico correto, sem tratamento correspondente
nRELAÇÃO ENTRE ENFERMIDADES FÍSICAS E MENTAIS
•Transtorno Mental provocando Doença Física
•Transt. Mental como reação à D. Física
•Transt. Mental devido a uma condição médica geral
•Transt. Mental devido a uso de substâncias
•Transt. Mental que se apresenta com queixas corporais
•Transt. Mental coexistindo com D. Física

nEPIDEMIOLOGIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS (população geral no Brasil)
•Prevalência 30% adultos em 1 ano
•Necessitam cuidado médico 20%
• Mulheres: T. Ansiedade 9,9%
• T. Somatomorfos 3,0%
• T. depressivos 2,6%
• Homens: Dependência ao álcool 8%
• T. ansiedade 4,3 %
nTRANST. MENTAIS NA CLÍNICA MÉDICA
•Entre 27% a 48%
•25% com gravidade dos ambulatórios especializados em psiquiatria
•10% da pop. adulta usou medicação psicotrópica em um ano
•BZD são prescritos:
• 60% por clínicos gerais
• 15% por cardiologistas
• 11,7% por psiquiatras
nSÍNDROMES PASIQUIÁTRICAS MAIS COMUNS NO CONTEXTO HOSPITALAR
•20 a 60% dos pacientes nas enfermarias
•Estados Confusionais / Delirium
•Transtorno decorrente do uso de álcool
•Quadros depressivos
•Quadros de ansiedade
•Quadros conversivos
nIMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCES DOS TRANSTORNOS MENTAIS NO HOSPITAL GERAL
•Maior adesão ao tratamento
•Menor tempo de internação
•Melhora nos níveis funcionais
•Menor morbidade
•Menor mortalidade
•Menor utilização de serviços médicos
nTRANSTORNOS MENTAIS ORGÂNICOS
1)Delirium, Demência, Transtornos Amnésticos e Outros Transtornos Cognitivos
2)Transtornos Mentais Devido a Uma Condição Médica Geral
3)Transtornos Relacionados a Substâncias

nCRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DELIRIUM
•Alterações simultâneas de:
•Nível de consciência
•Atenção
•Pensamento
•Abstração e compreensão
•Orientação no tempo e no espaço
•Memória
•Delírios oníricos
•Percepção
•Comportamento psicomotor
•Ciclo vigília
nDELIRIUM
•Rebaixamento do nível de consciência
•Etiopatogenia não especificada (disfunção colinérgica)
•Disfunção cerebral difusa
•Alteração aguda
•Início súbito
•Duração geralmente até 8 dias
•Sintomas polimorfos
•Flutuação ao longo do dia
•Alta taxa de morbidade e mortalidade
nETIOLOGIA
•SNC: epilepsia, trauma, infecção, neoplasia, quadro vascular
•Doenças sistêmicas: endócrinas, renais, hepáticas, infecções generalizadas etc
•Uso ou abstinência de substâncias: drogas ilícitas, medicamentos, toxinas
•Devida a múltiplas etiologias
nDELIRIUM
•10 a 40% dos pacientes internados (25%)
•30 a 60% são diagnosticados
•Acomete qualquer idade
•Predomina em idosos e crianças
•Alta incidência nas UTIs
•Freqüente em doentes terminais, coronarianos e pós-operados
nFATORES PREDISPONENTES
•Idade avançada
•Lesão cerebral prévia
•Comprometimento cognitivo
•Privação do sono
•Distúrbio sensorial anterior
•Desidratação
•Desnutrição
•Prescrição de 3 ou mais medicamentos
nFATORES COMUNS DO DELIRIUM
• Medicações:
•BZD/Hipnóticos, Diuréticos, Digitálicos, Anti-hipertensivos, anticolinérgicos, Antiarrítmicos, Cimetidina, Litio, L-dopa, Antiinflamatórios, Quimioterápicos, Hipoglicemiantes
• Abstinência:
•Álcool, BZD, barbitúricos, anfetamínicos
• Intoxicações:
•Álcool, cocaína, BZD, estimulantes, solventes, mercúrio, chumbo, monóxsido carbono
• SNC:
•AVC, hematoma subdural, vasculite, estado pós-ictal, TCE, encefalite, meningite, tumor, arterites, encefalopatia hipertensiva
• Deficiências Nutricionais e Vitamínaicas:
•Tiamina, ácido fólico
nFATORES COMUNS NO DELIRIUM
• Endocrinológicas:
•Hipo/hipertiroidismo, D. addison, S.Cushing
• Metabólicas:
•Hipo/hiperglicemia, dist. hidroeletrolítico, insuf. Renal e Hepática
• Cardio-vasculares:
•Insuf. Cardíaca, infarto do miocárdio, embolia pulmonar
• Infecções:
•Sífilis, TB, Aids, Toxoplasmose, citomegalovírus, mononucleose, broncopneumonia, infecções uninárias
• Doenças auto-imunes:
•Lúpus eritematoso, vasculites
nDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
•Transtorno psicótico breve
•Esquizofrenia
•Episódio maníaco
•Simulação
•Transtornos dissociativos
•Síndromes demenciais
nMANEJO E TRATAMENTO
•Manejo dos fatores de risco (prevenção)
•Remoção dos fatores: etiológicos, facilitadores e predisponentes
•Manejo do quadro instalado
•Controlar sintomas, medicação
nTRATAMENTO FARMACOLÓGICO
•Sedativos somente com agitação psicomotora, agressividade, ansiedade intensa, meia vida curta
•Evitar medicamentos que aumentem o rebaixamento de consciência
•Depende da etiologia, interações medicamentosas
•Neurolépticos: haloperidol, olanzapina, risperidona Evitar: clorpromazina e tioridazina
•BZD: para abstinência álcool e bzd Anticonvulsivante, acatisia, efeitos anticolinérgicos dos neurolépticos
nREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
•Botega, N. J., et al, Prática Psiquiátrica no Hospital Geral: Interconsulta e Emergência. Porto Alegre: Artemed ed. 2002.
•Associação Psiquiátria Americana (APA). Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais. 4a. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas. 1995.
•Mari, J. J., Razzouk, D., Peres, M. F. T., Del Porto, J. A. et col, Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/EPM. Ed série Shor, N., 1a. Ed Barueri SP: Ed Manole. 2002.
•Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10, Classificação internacional de doenças, décima versão, Descrições Clínicas e Diretrizes Dagnósticas – Coord. Organiz. Mundial da Saúde – OMS, Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

AULA 15

AULA 15 - DILEMAS ETICOS

LUIZ ANTONIO NOGUEIRA MARTINS

nogmartins@psiquiatria.epm.br

QUESTAO ETICA: SITUACAO ONDE A RESPOSTA A PERGUNTA "O QUE DEVERIA SER FEITO" ENVOLVE UMA ESCOLHA DE VALORES.

DILEMAS ETICOS: SITUACOES CLINICAS ONDE AS QUESTOES ETICAS TORNAM DIFICIL O PROCESSO DE TOMAS DECISOES.

EXEMPLOS DE DILEMAS ETICOS:
=>RECUSA DE INDICACAO DE CIRURGIA MUTILADORA
=>PEDIDO DA FAMILIA PARA NAO INFORMAR AO PCT O DIAGNOSTICO DE CANCER
=>PCT QUE SE RECUSA A CONTINUAR QUIMIOTERAPIA OU DIALISE
=>DECISAO SOBRE CONTINUIDADE OU INTERRUPCAO DE TTO
=>FAMILIA QUE QUER RETIRAR O PCT DO HOSPITAL, APESAR DA GRAVIDADE DO CASO
=>PRIORIDADE NA OCUPACAO DE UM LEITO NA UTI
=>PEDIDO DE ABORTO FORMULADO POR ANTIGA CLIENTE
=>PCT QUE POR RAZOES RELIGIOSAS, NAO ACEITA TRANSFUSAO DE SANGUE

TECNOLOGIAS REPRODUTIVAS E DILEMAS ETICOS

=>DIREITO DE CONHECER A BAGAGEM ETICA:
=>ANONOMATO DO DOADOR
=>POSSIBILIDADES TECNICAS:
=>LIMITE PSICOLOGICO DO CASAL (NUMERO DE TENTATIVAS):
=>POSSIBILIDADES TECNICAS
=>LIMITE DE IDADES
=>INALIENABILIDADE DA PESSOA
=>COMERCIALIZACAO DE GAMETAS, ALUGUEL DE UTERO

INTERCONSULTA:
=>RECURSO VALIOSO PARA LIDAR COM SITUACOES QUE ENVOLVEM DILEMAS ETICOS
=>AO EXPLICAR O DILEMA, PRODUZ MUDANCAS NO CAMPO INTERACIONAL
=>AUXILIA O PROFISSIONAL A MANTER E/OU RESTAURAR A RELACAO ASSISTENCIAL
=>MOMENTO PRIVILEGIADO PARA O ENSINO DE PSICOLOGIA MEDICA E ETICA MEDICA

+ CONTEUDO PPT A SER POSTADO

AULA 14

AULA 14 - TANATOLOGIA - A ATENCAO AO PROCESSO DE MORTE

08/05 - MARIO DE MARCO

CASO: PCT DE 30 ANOS COM LINFOMA NAO HODGIN EM ESTAGIO TERMINAL FOI INTERNADA PARA FAZER UM CICLO DE QUIMIOTERAPIA

A MORTE E O MORRER:
CUIDADOS CURATIVOS X CUIDADOS PALIATIVOS

QUALIDADE DE VIDA X QUALIDADE DE MORTE

=> ENTRETANTO FOI DECIDIDO QUE NAO E MAIS POSSIVEL FAZER A QUIMIOTERAPIA EM FUNCAO DE COMPROMETIMENTO HEPATICO

OS CUIDADOS COM A QUALIDADE DE MORTE

COMO SE LIDA COM A MORTE?

COMO SE LIDA: REACOES EMOCIONAIS:

=> NEGACAO - "NAO, NAO EU"
=> REVOLTA - "PORQUE EU?"
=> BARGANHA - "SIM MAS"
=> DEPRESSAO - "SOU EU"
=> ACEITACAO - "E A MINHA MORTE E PARTE DA MINHA VIDA"

EM NOSSO CONTATO O MEDICO DEMONSTRA POUCA VONTADEDE CONVERSAR SOBRE O PCT. QUANDO INDAGADO SOBRE O QUANTO A PCT ESTAVA A PAR DE SEU ESTADO, RESPONDE: PARECE QUE ELA NAO SABE NADA A RESPEITO DE SEU ESTADO... (esta no livro)

OS PROFISSIONAIS E O CONTATO COM A MORTE

IMPACTO POTENCIAL DAS EMOCOES NAO-EXAMINADAS NO BEM-ESTAR DO PROFISSIONAL

SINAIS (COMPORTAMENTOS) DO PROFISSIONAL FRENTE A EMOCOES NAO EXAMINADAS

A MORTE E O MORRER:

DE 126 ESCOLAS APENAS 5 OFERECEM ENSINMENTOS SOBRE TANATOLOGIA

ENSINO: NAGEGAR ENTRE SCILLA E CARIDBES (ODISSEIA DE ULISSES)

ONDE SE MORRE?
NO HOSPITAL

CONTINENCIA: E IMPORTANTE PARA AMPLIAR A VIDA EMOCIONAL (CONTER),

UTILIZACAO DAS EMOCOES GERADAS PELO ENCONTRO COMO FERRAMENTAS DISGNOSTICAS E TERAPEUTICAS

PROXIMA AULA CAP. 34 DO BOTEGA - PG 533 A 552

CAP. DILEMAS ETICOS DO De MARCO - PG 188 A 199


girafas 5 etapas - youtube

AULA 13

AULA 13 - 07/05

SINDROMES PSIQUIATRICAS COMUNS NO HG - ARTUR FILHOU JOSE

CONTINUACAO

ANSIEDADE NO HG:
EMOCAO NORMAL, UNIVERSAL DO SER HUMANO, OCORRE QUANDO SE ANTECIPA SITUACOES NOVAS/DESCONHECIDAS OU DE PERIGO
PODE SER BENEFICA, CONDUZ A UMA MOBILIZACAO E PREPARA PARA MELHOR ESSES MOMENTOS

PODE SER:
NORMAL
SINTOMA DE CAUSAS DIVERSAS E MULTIPLAS MANIFESTACOES CLINICAS
A PROPRIA DOENCA

ANSIEDADE NORMAL:
ASSOCIADA AS MUDANCAS NATURAIS DO DESENVOLVIMENTO
ESTADO D MEDO OU SENTIMENTO DE APREENSAO OU ANGUSTIA, MANIFESTADA POR ALTERACOES AUTONOMICAS
E UM SENTIMENTO HUMANO FRENTE A SIT. NOVAS OU PERIGOSAS
FUNCIONA COMO SINAL DE ALERTA
MELHORA O DESEMPENHO

TRANSTORNOS ANSIOSOS:
ANSIEDADE GENERALIZADA
PANICO
FOBIAS XESPECIFICAS E SOCIAIS
TOC
ESTRESSE POS-TRAUMATICO
ESTRESSE AGUDO
REL. A CONDICAO MEDICA GERAL: DOR CRONICA, ANSIEDADE, LIMITACOES, MUITA MEDICACAO INVASIVA OU NAO
REL. AO ABUSO E/OU DEPENDENCIA DE SUBSTANCIAS

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALISADA (TAG)

REACAO AGUDA AO ESTRESSE
TRANSTORNO DE ESTRESSE POS TRAUMATICO
TRANSTORNO DE AJUSTAMENTO: SURGE EM UM PERIODO DE ADAPTACAO A MUDANCAS

TRANSTORNO MISTO DE ANSIEDADE E DEPRESSAO: SEM PREDOMINIO DE UM DELES

AGRESSIVIDADE:
ATO OU COMPORTAMENTO
QUADROS HETEROGENIOS
ETIOLOGIA: NAO HA PREDITORES ESPECIFICOS
SITUACAO DE URGENCIA
DIFICIL DIAG. INICIAL, E MUITAS VEZES DIFICIL DE FAZER ANAMNESE
NECESSITA CONDUTA RAPIDA E PRECISA
CONSEQUENCIAS PODEM SER GRAVES

AGRESSIVIDADE: CONSEQUENCIAS

COMPORTAMENTOS DE ALERTA

MANEJO

AULA 12

AULA 12 - SITUACOES CRITICAS DO HG

29/04 - RENATA

COMUNICACAO -

CRISE - RUPTURA CORTE OU MUDANCA DE TRAJETORIA A UM EQUILIBRIO PRE-ESTABELECID =>DESARTICULACAO PSICOSOCIAL DE INDIVIDUO

AVANCOS TECNOLOGICOS => AMPLIACAO DE RECURSOS TERAPEUTICOS, COM EXAMES E PROCEDIMENTOS TECNICOS
< CONTATO, < A ESCUTA DAS NECESSIDADES DE QUEM ADOECE (TREINAMENTO)

ADOECER:

ATO CLINICO:
PONTO DE ENCONTRO: ENTRE QUEM PERDEU O EQUILIBRIO E BUSCA RECUPERAR (PACIENTE)

PCT X EQUIPE DE SAUDE:

EQUIPE: SITUACAO DE NORMALIDADE
ATUACAO PROFISSIONAL
CONCEITOS TECNICOS

PCT: SITUACAO EXCEPCIONAL
SEM NENHUMA MOTIVACAO PROFISSIONAL
FONTE DE SOFRIMENTO

COMUNCACAO:
ESTAO INSERIDOS NUMA DIMENSAO CONTEXTUAL DE CRENCAS EXPERIENCIAS E RESPONSABILIDADES DIFERENTES.
A ATENCAO A ESSAS DIFERENCAS IRAO INFLUENCIAR NO PROCESSO DE COMUNICACAO.

NA COMUNICACAO:
INFORMACAO GLOBAL:
NOME DA DOENCA
TTO PROPOSTO
EEITOS COLATERAIS
CUSTO-BENEFIIO

PERCEPCAO DO PCT:
EXPERIENCIAS PESSOAIS QUE VIVENCIOU
SIGNIFICADOS SIMBOLICOS

CONTEXTO RELIGIOSO, CULTURAL E HISTORICO:
RESPEITO AS DIFERENCAS CULTURAIS

SINTOMAS OBJETIVOS:
CARACT. DO SINTOMA
TEMPO E DURACAO
INTENSIDADE

SINTOMAS SUBJETIVOS:
MOMENTO DA VIDA EM QUE ADOECEU
TABUS E CRENCAS
MEDO DA GRAVIDADE DA DOENCA

COMUNICACOES DIFICEIS NA PRATICA MEDICA:
=>COMUNICACAO COM O PCT:
DIAGNOSTICO DE DOENCAS: GRAVES, CRONCAS, ESTIGMATIZANTE
PROGNOSTICO DESFAVORAVEL
NECSSIDADE DE TTO MUTILANTE OU INCAPACITANTE
=>COMUNICACAO COM A FAMILIA
=>COMUNICACAO ENTRE PROFISSIONAIS

COMINICACOES DE MAS NOTICIAS:
NAO EXISTE UM FORMA CERTA
REACAO DO PCT DEPENDE:
DIAGNOSTICO
PROGNOSTICO
PERSONALIDADE DO PCT
FORMA DE DAR A NOTICIA

COMUNICAR X NAO COMUNICAR:
NAO COMUNICAR:
FANTASIAS ATERRORISANTES
DEPRESSAO/TIRA A ESPERANCA
CONLUIO COM A FAMILIA/SOLIDAO
PREJUIZO DA ADESAO AO TTO
IMPOSSIBILITA A REORGANIZACAO DA VIDA
COMUNICAR:
REALIDADE SEMPRE E MENOS ASSUSTADORA
TRISTEZA E DIFERENTE DE DEPRESSAO
INCREMENTO DA ADESAO AO TTO
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS SIGNIFICADOS NA VIDA.

FORMAS DE COMUNICACAO:
MEDICO-CENTRADA:
NUNCA CONTAR OU CONTAR SEMPRE
CONTAR SOMENTE SE SOLICITADO
PACIENTE-CENTRADA:
CONTAR DE ACORDO COM O QUE O PCT DEMONSTRA QUERER => COMPREENSAO DO Q SENTE O PCT

MANEIRAS DE COMUNICAR MAS NOTICIAS:
ASPERO E RISPIDO
PATERNALISTA
POSITIVO

COMUNICACAO VISA O BEM-ESTAR DO PCT

COMUNICACOES COM A FAMILIA:
OBITO E MORTE CEREBRAL:
LOCAL APROPRIADO
FAMILIARES APROPRIADOS
DEIXAR CLARO QUE NAO HA NECESSIDADE DE REVERSAO

DOACAO DE ORGAOS E NECESIDADES DE AUTOPSIA:
AVALIAR O MOMENTO DE FALAR SOBRE ESSES ASSUNTOS
NAO DISCUTIR A OBRIGATORIEDADE IMPOSTA POR LEI
SER FIRME, SEM PERDER A CAPACIDADE DE COMPREENSAO DO SOFRIMENTO DO FAMILIAR

AS SITUACOES DE VIDA E MOTE, ENVOLVEM VARIOS PERSONAGENS:
PCTS, FAMILIARES E EQUIPE DE SAUDE PRATICAM O PRINCIPIO DA BENEFICENCI
EQUIPE DE SAUDE AGE UNILATERALMENTE TORNANDO-SE DEPOSITARIA DO SABER
A MORTE COSTUMA SER VIVIDA COMO UM FRACASSO

COLAPSO:
QUEIXAS SOMATICAS
DISTURBIOS PSICOLOGICOS
ABANDONOS E FALTAS

FALTA DE ESPACO PARA FALAR DE SOFRIMENTO:
PENSAR EM ALTERNATIVAS
MANEJOS DIFERENTES
REFLEXOES

ESPACO PARA REFLEXAO:

MORTE E PRECONCEITO NA SOCIEDADE ATUAL:
NAO E ALGO NATURAL
PERCEBIDA CMO ACIDENTE NO PERCURSO DA VIDA OU CASTIGO DIVINO

EVITACAO DA MORTE A TODO CUSTO (TECNOLOGIA):
DISTANASIA
IMPOSSIBILIDADE DA MORTE DOMESTICA (ASSEPSIA)

AULA 11

ARQUIVO PPT A SER ANEXADO

AULA 10

AULA 10 - INTERVENCOES TERAPEUTICAS - 22/04

INDIVIDUAIS E GRUPAIS - SOLANGE TEDESCO

AUTORES: BAREMBLIT E KAES: HOSPITAL GERAL E VISTO COMO UM EQUIPAMENTO (ORGANIZACAO).

EQUIPE INTERDISCIPLINAR

PROJETO TERAPEUTICO:
FORMACAO
MODELO: PROGRAMA
=>
SOLICITACAO: DEMANDA MANIFESTA/LATENTE (INTERCONDULTA)
ACOES PROMOTORAS: LIGACAO/CENARIOS CENTRALIZADOS E DESCENTRALIZADOS

PROPOSTA DE INTERVENCAO E FEITA PELA EQUIPE DA INTERCONSULTA.

CADA PROFISSIONAL TEM UMA ABORDAGEM ASSOCIADA.

INTERVENCOES PSICOSSOCIAIS:

AVALIACAO PSICOSSOCIAL E LIGADA COM:
EQUIPE
ABORDAGEM INDIVIDUAL
PACIENTE
ABORDAGEM GRUPAL
FAMILIA

"A ESTRUTURA DE UM SERVICO DE INTERCONSULTA DEMANDA TEMPO, RECURSOS, REFLEXOES CRITICAS E DEFINICAO DE PRIORIDADES." BOTEGA, 2002

DIAGNOSTICO:
DIAG. DO PEDIDO
DIAG. SITUACIONAL
DIAG. PSICODINAMICO (DO PCT E ENVOLVIDOS, TRANAFERENCIA E CONTRATRANSFERENCIA)
DIAG. PSIQUIATRICO: EXAME PSIQUICO, PSICODIAGNOSTICO, AVALIACAO PSICOSSOCIAL SE NECESSARIO.

OS 4 DIAGNOSTICOS PRECISAM SER FEITOS JUNTOS.

ESTRUTURA:
PROGRAMAS DE LIGACAO EM SAUDE MENTAL: PROFISSIONAL DE LIGACAO/GRUPOS DE TERAPIA OCUPACIONAL/GRUPOS DE APOIO E ORIENTACAO.
(AMPLIACAO DE PROCESSO DIAGNOSTICO E DA PROMOCAO DE ACOES DE SAUDE MENTAL NO CENARIO CLINIO)
INTERCONSULTA EM SAUDE MENTAL

ACOES ESPECIALIZADAS:
DIAG. DO PEDIDO, SITUACIONAL, PSICODINAMICO E CLINICO => TRATAMENTO AO PCT/FAMILIAR/ EQUIPE
ATENDIMENTO A EQUIPE
GRUPOS DE DISCUSSAO, ORIENTACAO E APOIO
ABORDAGEM GRUPAL

ACOES GERAIS:
=> SENSIBILIZACAO DA EQUIP DE SAUDE PARA A OBSERVACAO E O MANEJO DOS ASECTOS EMOCIONAIS RELACIONADOS AO ADOECER
=> TENTAR CAPACITAR O PROFISSIONAL A RECONHECER E TOLERAR SUA PROPRIA REACAO EMOCIONAL FRENTE AO PCT.

INTERVENCOES INDIVIDUAIS:
=>AFROUXAMENTO DE VINCULOS QUE LHE SAO VITAIS
=>ATITUDES PSICOTERAPEUTICAS/ABORDAGEM PSICOTERAPICA
=>PSICOTERAPIAS BREVES, FOCAIS E DE APOIO (BALINT)
=>ACOMPANHAMENTO PSIQUIATRICO
=>TERAPIA OCUPACIONAL INDIVIDUAL
=>SERVICO SOCIAL: FOCAL

BEM-ESTAR DO PCT NO HG:
=> QUESTOES MEDICAS:
-DIAGNOSTIO
-PROGNOSTICO
-TOLERANCIA E ADESAO
=>CARACT. DE PERSONALIDADE DO PCT:
- ESTRUTURA E DINAMICA
- INDIVIDUO FUNCIONAL/DISFUNCIONAL (PREDITORES)
=>SATISFACAO DAS NECESSIDADES DE FAMILIARES E/OU ACOMPANHANTES:
-ATENCAO, INFORMACAO E ORGANIZACAO.

BEM-ESTAR DO PCT NO HG:
BOM RELACIONAMENTO PROF. DE SAUDE/PCT
-COMUNICACAO
-ACOLHIMNTO
-VINCULO/CONTINENCIA
BOM RELACIONAMENTO ENTRE PROFISSIONAIS

INTERERENCIAS NA SAUDE MENTAL DO PCT:
PROCEDIMENTOS INVASIVOS E DOLOROSOS
FATORES ESTRESSORES:
- LUMINOSIDADE CONSTANTE, PERDA DA NOCAO DE TEMPO
- PRIVACAO DO SONO, FALTA DE DESCANCO REPARADOR
- POLUICAO SONORA (RUIDO AMBIENTAL)
- PRIVACOES (ALIMENTARES, AFETIVAS, AUTONOMICAS)

REACOES EMOCIONAIS DO PCT AO ADOECER:
-AS RESPOSTAS EMOCIONAIS AO ADOECER VAO VARIAR ENTRE ADAPTADASE MAL ADAPTADAS, E QUE EM GRAU EXTREMO SAO AS SINDROMES PSIQUIATRICAS.
RELACIONAM-SE A FATORES COMO:
CARACT. DE PERSONALIDADE
FAIXA ETARIA
GRAVIDADE E LIMITACOES IMPOSTAS PELA DOENCA
INFORMACOE E CRENCAS A RESPEITO DA DOENCA
EXISTENCIA DE SUPORTE (FAMILIAR, SOCIAL, RELIGIOSO)

=>A DOENCA E HOSPITALIZACAO FAZEM COM QUE O PCT ESPERIMENTE SENTIMENTOS DE DESPERSONALIZACAO
*MUDANCA DE HABITO
*INTERRUPCOE DE PROJETOS
*REGRAS HOSPITALARES E RESTRICOES DO TTO
*DEPENDENCIA DE OUTRO
=> CONCEITOS RELATIVOS AO ADOECER

AVALIACAO INDIVIDUAL:
ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMENTO/COPING
(COMPORTAMENTOS COGNITIVOS E ADAPTABILIDADE - CITA LAZARUS E FOLKMAN, 1984)

FUNCOES DOS MECANISMOS DE COPING:
* MODIFICAR A RELACAO ENTRE O INDIVIDUO E SEU AMBIENTE
* ADEQUAR A RESPOSTA EMOCIONAL AO PROBLEMA
* CONTROLAR OU CONTROLAR O FOCO DO PROBLEMA

DIAGNOSTICO SITUACIONAL:

PSICOTERAPIA FOCAL:

SOLANGE DEU EXEMPLOS DE SOLICITACAO: ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL

INTERVENCOES GRUPAIS NO HG:
* HUMANIZAR O AMBIENTE
* FACILITAR A CIRCULARIDADE DAS EXPERIENCIAS E INFORMACOES
*CONTRIBUIR PARA A ADESA AO TTO
* DISPOSITIVO PARA CIRCULACAO DE AFETOS E EXPERIENCIAS
*DISPOSITIVOS PARA DIAG. SITUACIONAL
*DISPOSITIVOS PARA AMPLIACAO DE TROCS ENTRE EQUIPE FIXA-PCTS-FAMILIARES
*"CAIXA DE RESSONANCIA" : AUMENTA A TROCA DE ESPERIENCIAS

INTERVENCOES GRUPAIS:

ABORDAGENS GRUPAIS COM A EQUIPE:
*GRUPOS DE CAPACITACAO
*GRUPO BALINT
*GRUPOS DE APOIO

ABORDAGENS COM FAMILIARES E PCTS:
*POPULACOES ESPECIFICAS
*CONTINUIDADE DOS CUIDADOS

ABORDAGENS COM PCTS:
(EXEMPLO DA ENFERMARIA DE GINECOLOGIA, DE HEMATOLOGIA)

ABORDAGENS GRUPAIS:
*DIAG. DAS SITUACOES EM CADA ENFERMARIA EM "SI"
*DISPOSICAO FISICA, EQUIPE PARTICULAR PATOLOGIAS QUE ATENDE, REGRAS E TRADICOES, CONFIG. DOS LEITOS.
*DINAMICA DA EQUIPE